Moça donzela debruçada na janela, se arruma, se apruma, pois lá no morro, na capela, bate seis horas da Ave Maria. Moço bonito e faceiro a quem ela dedica noites de lua cheia, apertando contra o peito o travesseiro, já lá vem pelo passeio, cantarolando velha melodia. Como sempre pára debaixo da janela, sorri e lhe faz um gracejo. Ela, como rubra rosa se recolhe um pouco, pudica encolhe o corpo, para em seguida, de soslaio, exibir ofuscante feito raio, um tom de abuso no pouco de um colo farto. Tinha certeza de que um dia ele a levaria, simbora rumo a cidade grande, homem interessante, inteligente, viril, cavalo branco pela pradaria. Outro igual nunca se vira, nem o filho de Seu Nestor, que pra casar prestava não, ficou ve...