Se tem uma coisa que sempre esteve no meu sangue, foi o "ziriguidum". Gosto muito!
Esse meu namoro com os festejos de Momo, vem de uma época bem remota. Me lembro que, eu e meu irmão, lá pelos nove, dez anos, já fazíamos as nossas fantasias e saíamos desfilando pela vizinhança. Tá, tudo bem que "as fantasias", eram roupas impiedosamente cortadas, adereços feitos de papelão, alegorias feitas de sacolas plásticas e a bateria era composta de panelas e baldes. Mas tudo era levado muito a sério. Acho que, na verdade, ainda que intuitivamente, seguíamos a maravilhosa escola de "Joaosinho Trinta" no quesito "criatividade e aproveitamento de materiais".
Esse meu namoro com os festejos de Momo, vem de uma época bem remota. Me lembro que, eu e meu irmão, lá pelos nove, dez anos, já fazíamos as nossas fantasias e saíamos desfilando pela vizinhança. Tá, tudo bem que "as fantasias", eram roupas impiedosamente cortadas, adereços feitos de papelão, alegorias feitas de sacolas plásticas e a bateria era composta de panelas e baldes. Mas tudo era levado muito a sério. Acho que, na verdade, ainda que intuitivamente, seguíamos a maravilhosa escola de "Joaosinho Trinta" no quesito "criatividade e aproveitamento de materiais".
Aos quinze anos, dando continuidade à essa minha devoção a irreverência desses dias momescos, resolvi me vestir de homem. Mais quatro amigas gostaram da idéia e resolveram sair comigo. Foi uma verdadeira transgressão! Sim, pois não era comum as mulheres se vestirem de homem naquele tempo (ui!). Ainda mais na sexta-feira de carnaval, que era considerado um dia quase “sagrado” (?) para os rapazes da cidade, que saíam maciçamente vestidos de mulher. Me lembro que nesse dia, estávamos super ansiosas e começamos a nos arrumar cedo. Não queríamos ser um “homem qualquer”. Queríamos mais, queríamos estilo. Saímos todas de terno, chapéu, gravata...caprichamos. O meu terno, era um “risca de giz”, modelo italiano, que meu pai tinha usado no casamento dele. Não sei se era “exatamente” para esse fim que ele tinha guardado esse terno tanto tempo, mas enfim...espero que ele tenha entendido que sua filha precisava fazer uma "revolução nos costumes da cidade", e que, aquele terno seria fundamental.
Em outra ocasião, eu e mais alguns amigos saímos fantasiados de "Família Adams". Eu, linda de Mortícia, com direito a faixa branca pintada no cabelo e um aplique que ia até a cintura, usava um vestido longo preto, que tinha uma fenda até a altura da coxa e uma enorme lapela roxa. Um luxo! Tudo criado por um querido amigo em apenas uma tarde. Esforço reconhecido pela aclamação que tivemos depois nas ruas. As pessoas paravam para nos ver passar. Nessa noite, tivemos nossos “quinze minutos de fama”.
E, para quem pensa que estou muito saudosista, que já me aposentei...nada disso! Surpreendentemente ano passado, depois de já não morar há alguns anos no Rio, me peguei desfilando em plena “Marques de Sapucaí”. Eu e meu amigo Bruno, evoluíamos mais que “Pokémon” durante o desfile, com direito até mesmo a mandar beijinhos para as arquibancadas. Sim; literalmente para as “arquibancadas”, já que passava das cinco horas da manhã. Quem se importa? Só sei que cheguei no final do desfile, encharcada de suor e alegria, num verdadeiro estado de CATARSE EMOCIONAL...muito melhor do que dez anos de análise.
Para esse carnaval de 2011, não tenho nada programado. Estou no melhor “estilo Zeca Pagodinho”, deixando a vida me levar...mas, se por um acaso eu sair por aí e ouvir um “tica la ca tica”, lá vou eu...se tiver que sambar, sambo. Se tiver que brincar, brinco...tudo com muito gosto! Está no meu DNA, não tem jeito...ainda bem!
Um sonho: desfilar na Mangueira! E fotos, queremos fotos, queremos fotos destes momentos gloriosos...já tava com saudade de comentar aqui. Bjs!
ResponderExcluirLú...vc é uma querida,mesmo! Pois é, quanto as fotos, bom...de quando saímos de homem, acho que a empolgação foi tanta que nenhuma das "bocas abertas" lembrou de tirar uma mísera foto.Da época da "Família Adams", tenho mas preciso escanear. E, do ano passado, quando desfilei no sábado de carnaval pela "Unidos do Cubango", escola de Niterói,do grupo de acesso, até tenho aqui, mas as fotos não estão muito boas. Por você, vou tentar postar uma,ok?! Bj!
ResponderExcluirAh, e quanto a vc desfilar na Mangueira, se tiver oportunidade, não deixe de ir. A sensação de pisar naquela avenida, é indescritível. Só prá complementar, ano passado além de desfilar no sábado, no outro final de semana ainda voltei para assistir o desfile das campeãs. Enfim, foi meu apogeu no samba! rsrsrs
Acabei de ver a Mangueira e aí me lembrei de vir aqui, deixar mais um abraço festivo de você. Bjs.
ResponderExcluirai, e eu que vou passar esse carnaval na divertidissima lyon (o modo ironia estava ligado hein). nao que eu seja louca por carnaval, mas nao pular nenhum diazinho eh chato :(
ResponderExcluirAmiga...faço gosto e faço parte da sua história! Ainda acho que você vai dar samba e que o seu desfile irá ser apoteótico!!! Vai entra nessa avenida com todo o seu charme pra mostrar a que veio. As pessoas precisam ser contagiadas pelo seu talento!
ResponderExcluirTia que o samba esta no seu Dna eu já sabia faz tempo...
ResponderExcluirTchau