Não é o momento. Muito se tem negado. Não vivido. Não questionado. Amordaçado. Amar. Dura. Me sinto fria, centrada em algo que ainda não sei bem o nome. Não dá tempo. O tempo me consome. Some. Entre brios. Estribilhos de uma música ruim que insiste. O silêncio sobe um tom. O acorde é diferente. Morto. Não reflexivo. Evasivo. Há nuvens num céu de brigadeiros, majores, coronéis, homens infiéis. Vão-se os dedos, os anéis, e eu fico cá, sozinha, entre devaneios escorrendo pelo peito nu. Gelado é o lado de dentro pela indiferença de um amor que demora a queimar. Às vezes eu adjetivo demais porque é de menos a ação. Não era pra ser assim, mas é. O fim.
Quando li a notícia no blog da Lola ( http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2010/08/concurso-de-blogueiras-no-ar.html ) de que haveria um concurso para blogueiras com o tema, "A origem do meu feminismo", comecei a refletir até que ponto eu sou feminista, se é que sou. Apesar de ter minhas opiniões e convicções, não gosto muito de "rótulos". Prefiro ter a liberdade de ser "essa metamorfose ambulante". Mas, acontece que, numa breve análise da minha vida, acabei me dando conta de que a época em que "fui" mais feminista até agora, foi aos 21 anos. Época em que, talvez, eu nem tivesse a consciência de que tudo que estava vivendo, estaria colocando à prova, todos os meus mais camuflados e desconhecidos "instintos feministas". O curioso é que só agora, consigo enxergar por esse ângulo. Bom, antes tarde do que nunca! Na ocasião, meu pai, que era um pequeno comerciante e chegou a ter cinco lojas espalhadas por diversas cidadezinhas da região...
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