Que a gente comece a acreditar que depressão é uma doença. Séria. Que não é só uma preguicinha de viver, que não é só "levantar a cabeça e ir à luta", que não é corpo mole, que não é uma gripe. Que não é falta de fé ou de religião alguma. Que não é nenhuma possessão, quebranto, ou seja lá o que você acredita. Porque não é sobre você. É sobre o outro. É entender que estar doente não é escolha do outro. Que, inclusive, devido a doença, o outro está impossibilitado de fazer escolhas. E sofre. Mesmo se um dia resolver sair. Mesmo se der uma gargalhada. Mesmo se parecer bem. Porque depressão não é sobre parecer, não é estigma, não é achismo. Depressão é doença. Precisa ser diagnosticada, tratada, entendida. E pode durar anos, a vida toda, quem sabe, sob controle, mas sempre à espreita. Ainda que não na cara, pra que a gente acredite, seja complacente e aja mais antes de se chocar quando vir pessoas atirando na própria cabeça ou se jogando do nono andar. Porque nem parecia. Mas era.
Quando li a notícia no blog da Lola ( http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2010/08/concurso-de-blogueiras-no-ar.html ) de que haveria um concurso para blogueiras com o tema, "A origem do meu feminismo", comecei a refletir até que ponto eu sou feminista, se é que sou. Apesar de ter minhas opiniões e convicções, não gosto muito de "rótulos". Prefiro ter a liberdade de ser "essa metamorfose ambulante". Mas, acontece que, numa breve análise da minha vida, acabei me dando conta de que a época em que "fui" mais feminista até agora, foi aos 21 anos. Época em que, talvez, eu nem tivesse a consciência de que tudo que estava vivendo, estaria colocando à prova, todos os meus mais camuflados e desconhecidos "instintos feministas". O curioso é que só agora, consigo enxergar por esse ângulo. Bom, antes tarde do que nunca! Na ocasião, meu pai, que era um pequeno comerciante e chegou a ter cinco lojas espalhadas por diversas cidadezinhas da região...
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