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Refúgio

 Semana Santa e eu me lembro da minha família, de uma infância feliz, passada no interior, com qualidade de vida, onde eu e meu irmão participávamos de todos os rituais da Igreja Católica, levados pela minha mãe. Não era um estorvo, a gente gostava, se divertia com comentários a parte, com observações sobre as coisas que iam acontecendo. Minha mãe ia sempre explicando tudo pra gente. Dizia que hoje, por exemplo, às 15h, era a hora em que Cristo morria. Ficávamos mais introspectivos, reflexivos, o céu fechava. Curioso como nessa hora o céu sempre dava sinais. Lembro das novenas também. Era legal a comunhão nas casas, e os lanches depois, claro. Não sei se acreditava ou acredito em todas essas coisas. Sei lá, talvez nem tanto esotérico assim, mas o que eu gosto é o conforto que essas lembranças me trazem. Uma sensação de abrigo, de afeto. Muito bom sentir essa sensação, ainda mais em tempos tão ríspidos.



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