Semana Santa e eu me lembro da minha família, de uma infância feliz, passada no interior, com qualidade de vida, onde eu e meu irmão participávamos de todos os rituais da Igreja Católica, levados pela minha mãe. Não era um estorvo, a gente gostava, se divertia com comentários a parte, com observações sobre as coisas que iam acontecendo. Minha mãe ia sempre explicando tudo pra gente. Dizia que hoje, por exemplo, às 15h, era a hora em que Cristo morria. Ficávamos mais introspectivos, reflexivos, o céu fechava. Curioso como nessa hora o céu sempre dava sinais. Lembro das novenas também. Era legal a comunhão nas casas, e os lanches depois, claro. Não sei se acreditava ou acredito em todas essas coisas. Sei lá, talvez nem tanto esotérico assim, mas o que eu gosto é o conforto que essas lembranças me trazem. Uma sensação de abrigo, de afeto. Muito bom sentir essa sensação, ainda mais em tempos tão ríspidos.
Quando li a notícia no blog da Lola ( http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2010/08/concurso-de-blogueiras-no-ar.html ) de que haveria um concurso para blogueiras com o tema, "A origem do meu feminismo", comecei a refletir até que ponto eu sou feminista, se é que sou. Apesar de ter minhas opiniões e convicções, não gosto muito de "rótulos". Prefiro ter a liberdade de ser "essa metamorfose ambulante". Mas, acontece que, numa breve análise da minha vida, acabei me dando conta de que a época em que "fui" mais feminista até agora, foi aos 21 anos. Época em que, talvez, eu nem tivesse a consciência de que tudo que estava vivendo, estaria colocando à prova, todos os meus mais camuflados e desconhecidos "instintos feministas". O curioso é que só agora, consigo enxergar por esse ângulo. Bom, antes tarde do que nunca! Na ocasião, meu pai, que era um pequeno comerciante e chegou a ter cinco lojas espalhadas por diversas cidadezinhas da região...
Era assim...tempo bom!
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