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Azia

Hoje bateu saudade do tempo em que ouvia as cigarras e não as cisternas. Ando intolerante com barulhos. Almejo a calmaria, o cerne, e as interferências insistem. Fico à margem. Recuo. Torno-me um avatar disposta a agir no automático. Cansei de querer ver beleza na vida e isso não é uma lamentação, mas sim, uma constatação. Lembro-me do tempo em que ia te encontrar. Azia. Era assim que eu ia. Será que vamos voltar a amar nesse país?

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