"Não me encha de flores de filhos nem de fados Não me ofereça prendas nem bodas E não me envolva com esses mil abraços de me impor limites Eu não sou seu continente E não me venha com esses aviões em esquadra sobrevoar meu território Não despeje suas bombas sobre minhas vilas e Nem tente invadir minhas normandias Eu não sou seu continente Não invente capitanias e não desenhe mapas com esse vinco no lençol de linho pra demarcar minhas superfícies Não proponha tratados com letras do tamanho de formigas nem pactos nem acordo de paz nenhuma Eu não sou seu continente Não ultrapasse minhas fronteiras não exploda minhas pontes não tente arapucas artefatos bélicos minas terrestres Não subestime minhas trincheiras Eu não sou seu continente Não quero sua catequese nem sua crítica nem sua nota nem sua poda Nem seu afago nem esse beijo de dizer amores que me deixa muda Não planeje embargos nem emboscadas Não queira ocupar meus peitos nem meus pátios Eu não sou seu contine...