Quando cheguei à Praça 14 Bis, com o Davi e a Antônia Flor (7 e 4 anos), a intervenção cênica do Projeto Guarujá En(Cena) já estava pra lá da metade. Nem por isso deixei de me encontrar em diversos momentos do que deu pra assistir. No meio do burburinho, logo de cara, nos deparamos com uma noiva vagando. O olhar perdido era bem diferente das capas efusivas da revista Noiva do mês de maio, mas, antes que eu concluís se qualquer raciocínio, passou uma mulher gritando e rasgando a plateia, uma pequena colcha formada pela aglomeração, que ria encabulada, cochichava e disfarçava o incômodo. “Por que essa moça estoura contra os postes os balões que traz amarrados ao corpo? Que sentido há nesse gesto tão insano?” Pois eu, depois de quase tropeçar na realidade de uma melancia destroçada no chão, guardei os meus balões imaginários tantas e tantas vezes estourados contra os postes, e viajei em outros balões que, libertos por tesouras providenciais, perderam-se ent...