Na primeira vez que te vi, há quatro anos, você era rosa. Você chorou e eu sorri. Maior do que eu esperava, ocupou um espaço enorme em mim. Não me importei. Gostei! Tomou todo o meu tempo, meus dias, minha insônia e também os meus seios. Virou tema recorrente nas minhas rodas de conversa e assunto para a minha falta de assunto. Mas não me policiei. Eu me permiti lamber, cheirar, beijar, babar, errar e acertar. Aprendi a compartilhar, doar e receber. Ouvi muitos conselhos. Uns até segui. Outros, dei de ombros. Simpatias? Até hoje sei um vasto repertório, mas fazia só a do pontinho vermelho. Aquela do soluço. soluço. E não é que parava?! Recorri mesmo foi ao instinto. Não ao materno, mas sim, ao de sobrevivência. Precisava "sobreviver", e bem, por você e por mim ao evento que é ter um filho, ainda que fosse o segundo, tão essencial, querido e diferente do primeiro, o Pedro. Davi é a minha segu...