Indiferença, insensibilidade, frieza, diria o senso comum, mas eu achava que era personalidade mesmo. Sempre à espreita, mas nunca ausente. Fred já nasceu criado. Pouco afeito à melações e rabugentinho, chegou com um rabinho cotó que nunca soubemos se era algo congênito ou se o pobre tinha passado maus percalços antes de chegar até nós, sua familia. Éramos sete. O Fred era o gato do vô Arnaldo. Se tinha uma missão na vida, acho que era desemburrar o velho, que ria feito criança com as traquinagens que aprontava com o gato. Depois, feitas as pazes, dormiam os dois largados no sofá cumprindo rigorasamente a sesta abençoada de todos os dias. Há uns oito anos o vô Arnaldo se foi e Fred sentiu o baque. Perdeu o seu companheiro. Aos poucos foi se achegando ao resto da familia, nós. Fred fez 18 anos esse ano, Pedro, meu filho mais velho, 17. Fred cresceu e envelheceu com os meninos. Um senhorzinho procurando aconchego tinha se tornado ultimamente depois que foram canceladas suas voltinhas pelos telhados da vizinhança. O peso da idade já nao lhe permitia. Como todo velhinho tinha sua rotina. Muitos cochilos em camas variadas, raçãozinha e, pela manhã, o banho de sol com seu parça Ilusão. Brigavam feitos gato e cachorro, mas nao se largavam. Sempre um ao lado do outro. Essa manhã Fred nos deixou depois de seis meses de uma batalha contra uma doença renal crônica. Fizemos tudo o que era possível pra que ele tivesse ao menos qualidade de vida enquanto estivesse por aqui, mas, às vezes, é preciso desapegar e deixar ir. E Fred foi. O gato do vô Arnaldo se foi. Não era só um animalzinho de estimação, é um ciclo que se fecha, são histórias de nossas vidas que tivemos com ele. Ainda bem que a gente se apega, ainda que doa é preciso viver a morte quando ela cai, um dia, do azul.Vamos sentir sua falta. Somos seis agora e estamos todos tristes. Obrigada por tanto, Fred. Sigamos.
Não "morro de amores" pelo Flamengo. Mas hoje tem uma flamenguista, por quem tenho uma admiração muito grande, que está fazendo aniversário. E...por ela, vale até o "sacrifício" de fazer um post RUBRO NEGRO para lhe dar de presente. E, depois se, ser flamenguista, for tudo isso mesmo que o Artur da Távola escreveu aí embaixo...LUCIANA, (borboletanosolhos.blogspot.com) minha BORBOLETA QUERIDA, vc não poderia ser outro time. Ser Flamengo (Por Artur da Távola) Ser Flamengo é ser humano e ser inteiro e forte na capacidade de querer. É ter certezas, vontade, garra e disposição. É paixão com alegria, alma com fome de gol e vontade com definição. É ser forte como o que é rubro e negro como o que é total. Forte e total, crescer em luta, peleja, ânimo, e decisão. Ser Flamengo é deixar a tristeza para depois da batalha e nela entrar por inteiro, alma de herói, cabeça de gênio militar e coração incendiado de guerreiro. É pronunciar com emoção as palavras flama, g
Comentários
Postar um comentário