Uma das primeiras lições que meu saudoso e sapiente pai me ensinou e eu, como aprendiz dedicada, captei rapidamente é: sempre questione as figuras dos mitos, heróis, salvadores da pátria e afins. A fé cega, sob qualquer aspecto, é campo fértil para os mitômanos, criaturas semelhantes a totens feitos de areia, que não resistem a vendavais constantes. Surgem assim, do nada, atendendo ao clamor de uma população vilipendiada, que esperando noite e dia por algo extraordinário que lhe tire do deserto da aflição, apega-se a qualquer miragem que apareça.
Na Câmara Municipal do Guarujá, o guardião da moralidade e dos bons costumes do momento se apresenta na figura do Presidente que, num arroubo ético sem precedentes, apropriou-se do título de “o novo caçador de marajás”, e acabou com os super salários de alguns funcionários da Casa. Atitude louvável, sem dúvida, não fosse o fato desses super salários terem sido aprovados pelos vereadores, inclusive por ELE MESMO, no apagar das luzes da legislatura passada. A mesma legislatura aonde ele também, enquanto líder da bancada governista, aprovou um aumento substancial para o Executivo, nesse caso, em ano de eleição, ferindo a Lei Orgânica Municipal. Atitude louvável, não fosse o fato de um Presidente da Câmara demorar TRÊS MESES para perceber um erro tão crasso na folha de pagamento que ELE PRÓPRIO assina. Estaria ele sofrendo da mesma amnésia aguda que acometeu a Prefeita por ocasião da contratação equivocada do marido?!
Paradoxalmente, se por um lado o nosso novo Collor de Melo acena de forma célere com a possibilidade de reorganização e moralização da Casa Legislativa do Guarujá, por outro lado, se mostra reticente quanto à investigação dos contratos atuais da Câmara, alias como deixou bem claro no seu esforço sobre-humano para arquivar o requerimento sobre o assunto, proposto por um vereador, ou quando sepultou qualquer possibilidade de discussão sobre o contrato da Unaerp com a Prefeitura. Seria a Unaerp mais um assunto “blindado” no Legislativo em um gentil acordo de cavalheiros entre a Câmara e o Executivo? Que faxina ética seria essa do Senhor Presidente da Câmara pautada sobre tamanha contrariedade?
Que sejamos mais parcimoniosos em relação à criação dos nossos mitos, heróis ou salvadores da pátria. Até porque não precisamos deles. A História tem demonstrado o quanto são inúteis. Que a descrença e a desilusão generalizada em nossos políticos não ceguem o nosso senso crítico, ao contrário, apure-o. Essa história collorida a gente já conhece e sabe que o final é triste. Se for só mais do mesmo, então que estejamos preparados para dizer NÃO de novo!
Na Câmara Municipal do Guarujá, o guardião da moralidade e dos bons costumes do momento se apresenta na figura do Presidente que, num arroubo ético sem precedentes, apropriou-se do título de “o novo caçador de marajás”, e acabou com os super salários de alguns funcionários da Casa. Atitude louvável, sem dúvida, não fosse o fato desses super salários terem sido aprovados pelos vereadores, inclusive por ELE MESMO, no apagar das luzes da legislatura passada. A mesma legislatura aonde ele também, enquanto líder da bancada governista, aprovou um aumento substancial para o Executivo, nesse caso, em ano de eleição, ferindo a Lei Orgânica Municipal. Atitude louvável, não fosse o fato de um Presidente da Câmara demorar TRÊS MESES para perceber um erro tão crasso na folha de pagamento que ELE PRÓPRIO assina. Estaria ele sofrendo da mesma amnésia aguda que acometeu a Prefeita por ocasião da contratação equivocada do marido?!
Paradoxalmente, se por um lado o nosso novo Collor de Melo acena de forma célere com a possibilidade de reorganização e moralização da Casa Legislativa do Guarujá, por outro lado, se mostra reticente quanto à investigação dos contratos atuais da Câmara, alias como deixou bem claro no seu esforço sobre-humano para arquivar o requerimento sobre o assunto, proposto por um vereador, ou quando sepultou qualquer possibilidade de discussão sobre o contrato da Unaerp com a Prefeitura. Seria a Unaerp mais um assunto “blindado” no Legislativo em um gentil acordo de cavalheiros entre a Câmara e o Executivo? Que faxina ética seria essa do Senhor Presidente da Câmara pautada sobre tamanha contrariedade?
Que sejamos mais parcimoniosos em relação à criação dos nossos mitos, heróis ou salvadores da pátria. Até porque não precisamos deles. A História tem demonstrado o quanto são inúteis. Que a descrença e a desilusão generalizada em nossos políticos não ceguem o nosso senso crítico, ao contrário, apure-o. Essa história collorida a gente já conhece e sabe que o final é triste. Se for só mais do mesmo, então que estejamos preparados para dizer NÃO de novo!
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