O samba é uma grande paixão. Mexe e remexe com ela. Fica molinha, com vontade de requebrar com a mãozinha na cintura. Ela samba, mas só no miudinho, no cantinho, sem entrar na roda porque não tem sandália de prata. O samba insiste, seduz, mostra as cores e os calores de que ela gosta. Mas ela não se atreve sem a sandália. Sabe que na quarta-feira de cinzas, quando a folia acaba, precisa da sandália para se despedir, jogá-la bem longe e entender que não vai sambar o ano inteiro, sem a roda, sem o samba.
Mas ainda assim ela samba, rainha do seu Carnaval, sem reis, sem príncipes, não precisa. Precisava mesmo era da sandália de prata se fazendo ouro, ofuscando o resto da fantasia, brilhando no seu apogeu.
Mas ainda assim ela samba, rainha do seu Carnaval, sem reis, sem príncipes, não precisa. Precisava mesmo era da sandália de prata se fazendo ouro, ofuscando o resto da fantasia, brilhando no seu apogeu.
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