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Mostrando postagens de maio, 2014

Ódio-uma doença que merece atenção

 A cidade de Guarujá, no último dia 06/05/2014, foi palco de mais um dos vários casos de linchamento que vem ocorrendo sistematicamente em todo o Brasil. Fabiane de Jesus, 33 anos, foi linchada com requintes de crueldade por uma turba enfurecida que violou, no mínimo, dez artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, inclusive e, sobretudo, o Artigo 3º: “Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”.       Não há ineditismo nesse caso quanto à perda de direitos básicos. Seus algozes, assim como a vítima, foram, e continuam sendo, privados de todos os direitos que deveriam ser pertinentes a qualquer cidadão brasileiro: direito à saúde, educação, moradia, segurança, direito à qualidade de vida. A descrença em um Estado omisso, para o qual essa parcela da população parece invisível, é reflexo das mazelas causadas pelo caos social facilmente perceptível nas comunidades carentes.       Mas apesar do contexto propício à revoltas e indignações, a des

"Discurso Inflamado. É grave, doutor?"

-E aí, doutor, é grave? -Bom, o discurso está inflamado e vamos ter que retirá-lo. -Retirar? Como assim, doutor, então é grave? -Calma! É mais comum do que você pensa. Hoje, eu diria até que existe  uma epidemia de discurso inflamado. Mas  o seu caso não é dos piores. Uma cirurgia simples e você estará livre do problema. -Mas, doutor, como o meu discurso inflamou desse jeito? Não entendo...cirurgia? -Ah, minha cara, a doença é  assim mesmo, progressiva. É como se a sua realidade não reconhecesse o seu discurso e o atacasse insistentemente fazendo com que ele inflame. É o que nós chamamos de doença autoimune, sabe? Mas não se preocupe! Já disse que a cirurgia é simples e que só há um pequeno risco de perda da capacidade oratória ou inaptidão para o debate. Mas para isso, logo depois da cirurgia, entraremos com doses diárias de autocrítica e vida normal. Apenas pedirei que se afaste por uns tempos, um ou dois meses, de coisas como happy hours, redes sociais, chats de grandes sites,

Mãe não é um ser etéreo. Acreditem!

Um beijo para TODOS que são mães. Um beijo pro pai que cria, pra vó que cria, pra tia, tio, pra madastra, enfim, pra quem dá atenção, carinho e cuidado. Beijo pra mãe sobrecarregada, pra mãe do dia-a-dia, pra mãe que não é santa, que não ca iu do céu e que "não exerce a função mais importante do mundo." Um beijo pra mãe que nunca soube o que é instinto materno, mas sim, o de sobrevivência, praquela que muitas vezes pensou em jogar tudo pro alto porque "isso também é de Deus", beijo pra mãe que não "sabe sempre o que fazer", praquela que não comprou a cartilha "Os Deveres de Mãe" ou "Como Satisfazer Seus Filhos Por Vinte e Quatro Horas", beijo praquela que tem desejo e vontade própria que, às vezes, falam mais alto que a "sagrada maternidade", beijo pra que erra, e muito, como todo ser menos especial, o "não mãe". Beijo praquela que acerta, independente da obrigação de acertar. Acertar? Beijo praquela que é passional,