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Mostrando postagens de julho, 2012

"Cores de Frida Kahlo, Cores..."

   Hoje, se a pintora mexicana  Frida Kahlo   estivesse viva completaria 107 anos. Mulher intensa, passional, muito a frente do seu tempo. Apesar de ter morrido aos 47 anos e a dor e o sofrimento terem pontuado a sua vida, Frida magistralmente conseguia transformar toda a sua angústia em arte. Levava às telas, todas as cores que porventura não encontrava em sua realidade. Numa certa ocasião, Kahlo recebeu a incumbência do governo mexicano de retratar cinco mulheres mexicanas importantes na história e disse:  ' 'Querem que eu retrate cinco mulheres mexicanas importantes em nossa história; faço pesquisas para saber que tipo de baratas foram essas heroínas, que tipo de psicologia era o seu fardo, a fim de, ao pintá-las, as pessoas possam diferenciá-las das mulheres comuns e vulgares do México, as quais, para mim, são mais interessantes e poderosas do que as damas mencionadas.''      Assim era Frida, sabia que poderia alçar voo e não aceitava nada menos como limite. A mul

"Cidadezinha"

    Moça donzela debruçada na janela,     se arruma, se apruma, pois lá no morro, na capela,     bate seis horas da Ave Maria.     Moço bonito e  faceiro a quem ela dedica     noites de lua cheia, apertando contra o peito o travesseiro,     já lá vem pelo passeio, cantarolando velha melodia.    Como sempre pára debaixo da janela,    sorri e lhe faz um gracejo.    Ela, como rubra rosa se recolhe um pouco, pudica encolhe o corpo,    para em seguida, de soslaio, exibir ofuscante feito raio, um tom de    abuso no pouco de um colo farto.      Tinha certeza de que um dia ele a levaria,    simbora rumo a cidade grande,     homem interessante, inteligente, viril,    cavalo branco pela pradaria.    Outro igual nunca se vira, nem o filho de Seu Nestor,     que pra casar prestava não, ficou velho sem namorar,    ninguém entendia, até que um dia, sumiu, foi-se embora com um primo, feliz,      pro exterior.     Ôh cidadezinha essa de meu Deus!!         Lá vem moço bonito e fac

"Amor em Budapeste..."

"Nenhuma nesga de luz,  Nenhum rabicho de sol,  Só insiste em brilho fosco,  Tosco agora,  O arco íris que comprei em   Budapeste há dois anos,  Quando não éramos sós,  Quando éramos sóis,  Quando éramos nós. Arranco a casca da ferida.  Reparto em dois, em três, em mil  aquilo que queria engolir sozinha. Agora tanto faz. Não machuca mais. Não há sangue correndo pro teu mar Porque não era eu Porque não era você Porque não era amor..."